terça-feira, 4 de agosto de 2015

Resenha Will & Will – Um Nome, Um Destino



Título: Will & Will – Um Nome, Um Destino

Autores: John Green e David Levithan

Páginas: 348

Editora: Galera Record

Lançamento: 2010


UM POUCO SOBRE O LIVRO

Will Grayson, tanto como will grayson, são garotos comuns que vivem na cidade de Chicago e suas proximidades. Ambos, nunca haviam se encontrado até que um encontro falso de will grayson o leva para o mesmo sexshop em que Will Grayson (barrado de um show) aguarda ansiosamente por seus amigos. A partir desse momento, suas vidas mudam drasticamente e os jovens se veem cercados de amores, inimigos e uma missão para concluir o espetáculo que mudaria o modo de ver do ensino médio.



AVALIAÇÃO CRÍTICA

Peguei esse livro por uma indicação. Não esperava nada dele, mas logo me vi submerso na história dos "Wills Grayson". David Levithan superou minhas expectativas, com uma escrita mais agradável do que de John Green.
Não me agradou o fato de que John Green escreveu o ponto de vista de seu Will Grayson somente com letras minúsculas. Não havia pontuação e quase nenhum tipo de regra ortográfica.O personagem criado por David Levithan foi, para mim, muito mais fácil de se apegar.
Os "Wills Grayson" são personagens muito bem construídos. Assim como os personagens secundários, que são fundamentais para o desenrolar da história. Tiny Cooper, o amigo homossexual do Will Grayson de David Levithan, consegue ser mais ativo e importante do que o próprio personagem principal, o que torna ele um "herói" da história. Uma salvação para agradar o leitor.
Durante o livro, seguimos a narrativa em primeira pessoa dos "Wills Grayson", aquilo que no começo me fez sentir falta dos detalhes, mas a partir do meio do livro, a narrativa se torna agradável e rica em detalhes.
Seguindo a leitura, eu comecei a perceber o gosto de cada Will Grayson e seu jeito de ver o mundo. Um, heterossexual e o outro, homossexual.
No desenrolar da história, Will Grayson de John Green acaba se apaixonando por Tiny Cooper e isso o conecta ao outro Will Grayson, o que foi bom para fazer o leitor conhecer o interior tanto de Tiny Copper quanto do próprio Will Grayson.
O outro Will Grayson acaba se apaixonando por Jane, amiga de Tiny Cooper, que gera confusão desnecessária no livro. Não interferiria em nada deixar de lado os acontecimentos relacionados a ela.
Chegando a certo ponto do livro, uma garota do colégio de Will do John Green, Maura, ganha certa relevância na história e acabou sendo odiada por mim. Sua participação foi fundamental para o livro, mas isso ainda me fez odiá-la.

A edição está bem elaborada. A capa é muito bonita. A diagramação está muito confortável para leitura.
O livro tem uma leitura rápida e muito agradável. Recomendo para qualquer jovem que esteja passando por problemas, também recomendo para aqueles que não entendem do que se trata a homossexualidade e tem preconceito com isso.


TOP FRASES

"Talvez haja alguma coisa que vocês tenham medo de dizer, ou alguém que vocês temam amar, ou algum lugar aonde têm medo de ir. Vai doer. Vai doer porque é importante."

"Não digo bom-dia. Acredito que essa seja uma das expressões mais imbecis já inventadas. Afinal, você não tem a opção de dizer mau-dia ou horríveldia ou não-dou-a-mínima-pro-seu-dia. Todas as manhãs, espera-se que seja o início de um bom dia. Bem, eu não acredito nisso. Acredito contra isso."

quinta-feira, 12 de março de 2015

Conversando com Booktubers


       A algumas semanas atrás, eu tive a imensa honra de entrevistar alguns dos booktubers mais famosos de todo o país. Para quem não sabe, booktuber é como se chama uma pessoa que faz vlogs sobre livros, ou seja, que grava vídeos sobre livros e posta no YouTube. Entre os que entreviste estão: Danilo Leonardi, Augusto Assis e Cesar Sinicio do Cabine Literária e Victoria Porto do Chiclete Violeta. Todos eles foram muito simpáticos e acabaram por se tornar meus booktubers favoritos. Na entrevista, fiz diversas perguntas sobre assuntos literários, tanto nacionais, quanto internacionais, porém, selecionei aquelas que são mais perguntadas, ou, mais polêmicas. 
    
        - Quais critérios você usa para escolher sua próxima leitura? E se esse livro não te anima?
      
        Victoria: "Sinceramente, eu vou no meu humor. Se estou com vontade de ler romance, leio romance. Nunca me forço a ler algo que não quero, isso me prende e eu não curto, é difícil explicar, eu simplesmente sei que aquele livro é o que eu preciso ler no momento ~risadas~.Se eu começar o livro e ficar muito desanimada com ele, leio algumas resenhas pra me animar. Se ainda assim não rolar, deixo de lado e parto pra outro!"
       
      Augusto: "Sempre penso na minha próxima leitura como um desafio. Um livro que digam que é difícil ou que é grande ou que as pessoas tenham opiniões divergentes a respeito. Gosto muito dos clássicos porque são livros que abrem horizontes. Quando eu quero só me divertir escolho algum livro policial estilo Harlan Coben." 

      -A maioria dos autores que fazem sucesso hoje em dia são estrangeiros, por que você acha que a literatura brasileira não é tão valorizada quanto devia?
       
       Danilo: "Nos EUA existe muito mais investimento e também muito mais produção, então a possibilidade de aparecer alguma coisa comercialmente viável é maior. Mas não dá pra culpar os fatores externos e isentar o escritor. Temos muitos escritores brasileiros que são maravilhosos, mas não parecem ter o menor interesse em escrever para as massas. Tanto é que os escritores brasileiros que caíram no gosto popular vendem muito."
       
       Cesar: "É uma pergunta complexa, Felipe! Tem muitos fatores que a gente poderia listar. Talvez um deles, que para mim tem um impacto significativo, seja o fato de que a literatura brasileira teve sempre uma tendência a olhar para o cotidiano, para a vida "real" e as relações muito conturbadas da nossa situação de colônia, do problema sério da escravidão entre tantas outras questões da nossa história como povo. 
Essa profundidade das relações que é normalmente retratada na nossa literatura às vezes acaba sendo difícil de se ler quando se é mais jovem. Você se deixa encantar por algumas narrativas, mas nem sempre o impacto de se apaixonar por aquele universo acontece. Nos mundos de fantasia que viraram best seller hoje como Harry Potter ou Percy Jackson, ou até mesmo nos clássicos como A ilha do tesouro ou 20.000 léguas submarinas, esses universos de fantasia parecem convidar o jovem leitor com mais facilidade e sinto que isso tem muito a ver com o sucesso. Além disso, o mercado editorial como instituição tem muito mais experiência fora do Brasil, pra produzir, divulgar, formatar e angariar público. As editoras tem grana pra provocar e "fazer bombar" um autor ou livro. Essas são algumas das minhas impressões a esse respeito." 



        -O Brasil inteiro assiste seus vídeos. Como você se sente  ao ver que o seus vídeo estão repercutindo positivamente?
        
         Victoria: " Eu me sinto EXTREMAMENTE feliz, sério! Minha maior felicidade é o canal, me sinto realizada. Nasci pra isso, sabe? Hahahah Tenho vontade de abrir discussões mais "polêmicas" como feminismo, LGBT, cotas, etc. A galera bem jovem me acompanha, seria legal falar disso com eles."
    
        Augusto: "Me sinto muito bem. Eu sempre me incomodei com a baixa quantidade de leitores no Brasil. A internet trouxe os canais literários e esses canais uniram várias pessoas de vários lugares que antes eram sozinhas. Acho essa união importante pra gente fazer cada vez mais gente ler. Se nossos vídeos são vistos em todo lugar é porque estamos ajudando. Isso faz tudo valer a pena." 

       Danilo: "Fico feliz, porque eu amo criar conteúdo, principalmente conteúdo que seja de entretenimento e consiga ainda incentivar coisas legais para a vida das pessoas."

       Cesar: "É divertidíssimo saber que alguém é impactado pelo que a gente faz! Em especial quando isso que a gente faz é falar sobre uma coisa que a gente ama e faz naturalmente. Não estamos vivendo personagens. É óbvio que há um grau de produção e direção nos vídeos. A gente tá produzindo conteúdo e isso tem um direcionamento de produto. Mas somos nós mesmos e sinto que isso é o que nos dá mais força de vontade de seguir no caminho ao mesmo tempo em que faz com que as pessoas vejam sinceridade e se identifiquem com o trabalho do Cabine Literária. Eu fico feliz e espero que enquanto isso fizer sentido e contribuir coletivamente possa durar de forma feliz e natural!"

  
       Gostaria de agradecer a todos os booktubers que participaram, e para quem ainda não conhece o trabalho deles, os links estão logo abaixo.

       Cabine Literária: https://m.youtube.com/user/cabineliteraria
         
       Chiclete Violeta: https://m.youtube.com/user/mucioporto1

Então é isso gente! Espero que tenham gostado! Deixe sua sugestão, crítica ou elogio para o blog nos comentários. Abraços a todos.



     






    

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Resenha: Morte Súbita


 Título:Morte Súbita (The Casual Vacancy)
Autora:J.K Rowling
Páginas:501
Editora:Nova Fronteira
Lançamento:2012
UM POUCO SOBRE O LIVRO
        A história se passa em Pagford, um pequeno vilarejo britânico. 
Barry Fairbrother, um dos muitos moradores excêntricos desse vilarejo, um homem(muito querido por alguns é muito odiado por outros) que possui um alto posto no conselho distrital da cidade, vem a falecer. E com isso, acompanhamos os Pagfordianos(como se auto denominam os moradores do vilarejo) lidando com a morte dessa importante figura.
        O primeiro romance adulto da J.K. Rowling, aclamada escritora, se passa na perspectiva de vários personagens.
       Em cada capítulo, somos mais envolvidos na história do vilarejo.

AVALIAÇÃO CRÍTICA

       Já no início do livro, somos apresentados aos personagens que foram afetados com a morte de Barry, e como tem sido suas vidas depois disso.
       Uma personagem que me cativou foi Krystal Weedon, uma menina do subúrbio, que tem que aprender a lidar com sua vida completamente abalada.
       Podemos perceber que Fairbrother era uma pilastra para o vilarejo, assim que ele caiu, todos caíram junto com ele. Alguns antes do que outros. A autora explora e representa muito bem a vida de cada um dos moradores, distinguindo seus problemas, alegrias e cotidiano. O livro é tão bem escrito que a autora, em nenhum momento, mistura a história ou confunde o leitor.
      O livro é narrado na 3ª pessoa do singular. Nosso narrador apresenta uma quantidade inigualável de detalhes, desde o orvalho que descansa sobre o gramado, ás pessoas que se encontram na fila do estabelecimento local, o que faz a narrativa ser considerada cansativa. 
      A edição é muito bem feita, com uma capa fosca, mas com alguns erros de impressão ou de digitação. Mas nada que torne a leitura impossível.

     Minha conclusão é de que o livro é muito bem escrito, com personagens muito bem desenvolvidos e uma história intrigante, porém se deve ter paciência, pois como dito antes, a narrativa é muito detalhada.

Top Frases:
"Escolher é algo perigoso: quando escolhemos, temos que abrir mão de todas as outras possibilidades."

"Pois é incrível como se pode obscurecer uma questão emocional aparentando buscar a exatidão."

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Resenha: As vantagens de Ser Invisível.


I
Título:As Vantagens de Ser Invisível (The Perks of Being a Wallflower)

Autor:Stephen Chbosky

Páginas:223

Editora:Rocco

Lançamento:2007


Um pouco sobre o livro:

O livro se trata de cartas que Charlie manda para um anônimo, contando experiências do seu dia a dia, novas descobertas que fizera com seus novos amigos Patrick e Sam e seus pensamentos sobre as coisas que acontecem a seu redor.


Avaliação Crítica:

          Eu havia assistido uma parte do filme antes de ler o livro, e como havia adorado, resolvi comprar o livro é degustar da obra original. É lógico que sempre possuem erros para as adaptações cinematográficas, mas essa foi bem fiel. Eu esperava um livro muito monótono e para baixo, porém, ele é super animado é engraçado, superando minhas expectativas iniciais.
          Charlie, nosso personagem principal, é um adolescente com depressão. Portanto, em muitas partes do livro, seus pensamentos são bem depressivos. Mas nada que o humor sem igual de Patrick e Sam não resolva. Eles, na minha opinião, são os melhores   personagens secundários desde a época de Rony e Hermione.
           Intrigas estão por todo o livro. Foi fascinante para mim o jeito em que os personagens lidavam com seus problemas. Mas também me decepcionou muito o modo em que um certa situação se desenrolou.
          Uma personagem, que me intrigou muito, foi Mary Elizabeth.A amiga de Sam e Patrick que se atrairia por Charlie, é uma menina muito incomum, posso dizer, mas junto com esse jeito de ser, ela possui uma garota totalmente diferente do que ela é por fora.
          Charlie e sua família, muitas vezes, não tem um relacionamento adequado. Ambos os pais e a irmã me deixaram irritado de uma certa maneira que trataram de Charlie, mas os momentos em que eles demonstram carinho um ao outro é muito agradável de se ler. A alegria de Charlie é agradável de ler. 
           A mudança de personalidade de Charlie me comoveu muito.Pude perceber o quanto ele se esforçava para se transformar.
           Como disse, a história toda é contada através de cartas direcionadas a um amigo oculto de Charlie, aquilo que torna a leitura super agradável e rápida.
           A edição é boa, mas seria melhor se as folhas fossem amareladas, e não brancas. O tamanho da letra é bom, tanto quanto o espaçamento.
          Com "As Vantagens de Ser Invisível" me ensinou de que não importa o que acontecer, você sempre pode contar com seus amigos.
          Minha opinião é que o livro é uma excelente obra, porém, pode não agradar a todos.


Top Frases:

"Eu sei que tem pessoas que dizem que essas coisas não acontecem, e que isso serão apenas histórias um dia. Mas agora nós estamos vivos. E nesse momento, eu juro. Nós somos infinitos."


"Acho que a ideia que cada pessoa tem de viver para a própria vidas depois escolher compartilhá-la com outras pessoas."